quarta-feira, 9 de março de 2016

Ouvidora-Geral do SUS participa de solenidade no Senado Federal em homenagem ao dia internacional da mulher



















O Plenário do Senado Federal promoveu no dia 8 de março, uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Durante a solenidade, foi entregue o Diploma Bertha Lutz a pessoas com atuação destacada na luta pelos direitos da mulher e para questões de gênero. O Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz que está em sua 15ª edição foi criado em 2001 e já premiou 75 mulheres.

Prêmio Diploma Bertha Lutz – 15ª Premiação

O nome do prêmio é uma homenagem à bióloga Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976). Ela foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável por ações políticas que resultaram em leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos no início do século 20.

Entre os premiados deste ano, estão a escritora Lya Luft, a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, e o ministro do STF Marco Aurélio Mello, primeiro homem a receber o prêmio.

Para Eliana Pinto, Ouvidora-Geral do SUS, a homenagem é um reconhecimento da luta e valorização das mulheres com papel ativo na política e transformador na sociedade. “Temos que ocupar lugares estratégicos na sociedade e na política”, destacou.

Representação de Mulheres no Parlamento Brasileiro

As mulheres representam pouco mais da metade da população (51,5%), enquanto a presença feminina ainda é muito pequena no Parlamento Brasileiro. No Senado Federal, 12 cadeiras, do total de 81, são ocupadas por mulheres (14,81%). Na Câmara dos Deputados, dos 513 parlamentares, 51 são mulheres (9,94%).

Segundo estudos da União Interparlamentar (UIP), organização internacional dos parlamentos dos Estados soberanos, as taxas brasileiras ficam abaixo da média mundial que chega a ser de 22,1% de mulheres ocupando cadeiras no parlamento. Os números brasileiros são ainda inferiores aos da média do Oriente Médio, com uma taxa de participação feminina de 16%. Em comparação ao restante da América do Sul, a posição das brasileiras no Congresso Nacional também é de inferioridade. Uruguai, Paraguai, Chile, Venezuela, Peru e Colômbia são alguns dos países com maior representação de deputadas que no Brasil.

Violência contra as Mulheres

Infelizmente o quadro de violência doméstica ainda assombra muitos lares e famílias na atualidade. O Mapa da Violência 2015, divulgado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, aponta que 55,3% das mortes violentas de mulheres são cometidas no ambiente doméstico e 33,2%, por parceiros ou ex-parceiros. Entre 1980 e 2013 foram vítimas de assassinato 106.093mulheres, 4.762 só em 2013.

Histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual, pois a data simboliza todas as formas de luta e resistência das mulheres ao longo dos tempos.

Por Chica Picanço/Doges/Sgep/MS
Foto: Antônio Índio/Senado Federal

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