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terça-feira, 20 de setembro de 2011
Patentes farmacêuticas: acesso à saúde e desenvolvimento econômico
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Plano Nacional de Resíduos Sólidos está em consulta pública
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) disponibilizou para consulta pública a versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O plano está inserido na lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
O documento, elaborado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, permanecerá por pelo menos 60 dias em consulta pública no site do MMA. As sugestões serão analisadas pelos conselhos nacionais relacionados ao tema. Segundo o ministério, "o plano deverá assumir papel estratégico no sentido de estipular metas para seu gerenciamento e no estabelecimento de formas de recebimento e monitoramento dos dados de diferentes localidades".
A criação do documento tem como base o diagnóstico do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre a atual situação dos resíduos sólidos no Brasil. Os debates realizados no âmbito do Comitê Interministerial, formado por 12 ministérios relacionados com o setor, também forneceram subsídios pra o desenvolvimento do plano.
Segundo a pesquisa do Ipea, o gerenciamento adequado ainda encontra obstáculos pelo desconhecimento da natureza dos resíduos e pela ausência de informações. Sabe-se, no entanto, que os resíduos provenientes da construção representam de 50% a 70% da massa de resíduos sólidos urbanos".
Em paralelo ao período de consulta, serão realizadas audiências públicas para a apresentação do plano nas cinco regiões do país, além de Brasília, conforme o calendário:
13 e 14/09 - Centro-Oeste: Campo Grande/MS (data limite para inscrição dia 09/09/2011)
04 e 05/10 - Sul: Curitiba/PR (data limite para inscrição dia 30/09/2011)
10 e 11/10 - Sudeste: São Paulo/SP (data limite para inscrição dia 05/10/2011)
13 e 14/10 - Nordeste: Recife/PE (data limite para inscrição dia 07/10/2011)
18 e 19/10 - Norte: Belém/PA (data limite para inscrição dia 13/10/2011)
30 e 1º/12 – Nacional: Brasília/DF (data limite para inscrição a confirmar)
Notícia publicada no portal do Ministério do Meio Ambiente, no dia 06/09/2011.
Informações sobre inscrições para participação nas audiências estão disponíveis no site do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: Descarte de Medicamentos
http://189.28.128.179:8080/descartemedicamentos
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Trabalhadores rurais apoiam retirada de agrotóxico do mercado nacional
Garantir a retirada do agrotóxico metamidofós do mercado brasileiro até 30 de junho de 2012. Essa foi uma das reivindicações feitas por representantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em reunião realizada na sede da Agência, nesta sexta-feira (9/9), em Brasília (DF).
Em janeiro deste ano, a Anvisa publicou resolução que determina a retirada programada do agrotóxico metamidofós do mercado nacional. Entretanto, a empresa Fersol S/A conseguiu decisão judicial para continuar a produzir o produto.
“Não abrimos mão da nossa decisão, que foi aceita por todas as empresas e muito elogiada fora do Brasil. Só uma empresa entrou na justiça para impedir o cumprimento da norma”, afirmou o diretor da Agência, Agenor Álvares. A decisão da Agência foi baseada em estudos toxicológicos que apontaram o referido produto como responsável por prejuízos ao desenvolvimento embriofetal e por causar toxicidade sobre os sistemas endócrino e reprodutor.
O metamidofós já teve o uso banido em países como China, Paquistão, Indonésia, Japão, Costa do Marfim, Samoa e no bloco de países da Comunidade Europeia. O produto também encontra-se em processo de retirada do mercado norte-americano.
Reivindicações
Durante a reunião, os trabalhadores rurais também solicitaram a capacitação de profissionais de saúde para identificar e notificar os casos de intoxicação por agrotóxicos e a criação de um cadastro nacional de casos de envenenamento por agrotóxicos e pesticidas. De acordo com o MLST, só em 2009, foram identificados mais de 5,2 mil casos de intoxicação por esse tipo de produto, com 170 mortes.
Outros pontos colocados pelo movimento foram: a necessidade de revisão toxicológica imediata de todos os agrotóxicos comercializados no país e a reavaliação obrigatória da segurança de uso desses produtos a cada cinco anos. “Estamos trabalhando em âmbito nacional a necessidade de estimular um modo de produção focado na agroecologia”, disse a representante do MLST, Vânia Araújo.
Para o diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, as propostas apresentadas pelos trabalhadores estão dentro da agenda de discussões da Anvisa sobre o tema. “Estamos empenhados no trabalho com essa agenda e vamos avançar no sentido de criar um grupo que possa discutir assuntos relacionados a instrumentos de amparo e capacitação para os pequenos produtores”, afirmou o diretor-presidente da Anvisa.
Já o diretor da Anvisa, Agenor Álvares, manifestou preocupação com as condições dos pequenos produtores na aplicação dos agrotóxicos. “É o trabalhador rural que fica sacrificado, com a manipulação de agrotóxicos sem qualquer tipo de informação e, muitas vezes, sem fazer uso dos equipamentos de proteção individual”, expôs Álvares.
Os problemas enfrentados pela agricultura familiar também foram lembrados por Álvares. “Quem produz em larga escala não observa os padrões de distância e as próprias condições de meio ambiente carregam resíduos de agrotóxicos para dentro das propriedades de agricultura familiar”, explicou o diretor da Agência.
MLST
O MLST chegou em Brasília no último dia 5 de setembro com mais de 1,2 mil trabalhadores rurais, vindos de dez estados da federação. Os trabalhadores participaram da Marcha Nacional pela Reforma Agrária do Século XXI, com o lema: “Aperte a mão de quem o alimenta”, e percorreram mais de 250 km a pé.
Imprensa/Anvisa
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Ouvidoria da Anvisa recebe Ouvidores do MAPA, MTE e do Porto de Santos
Com o objetivo de pactuar ações que visem ao fortalecimento do espaço do cidadão na gestão dos órgãos, a Ouvidoria da Anvisa recebeu no dia 31 de agosto, os Ouvidores Gustavo Fagundes Neto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Leoclides Milton Arruda do Ministério do Trabalho e Emprego e Osvaldo Freitas Vale Barbosa do Porto de Santos.
Durante a reunião foram apresentados os processos de trabalho da Ouvidoria da Anvisa, discutidas formas de fortalecimento do canal, bem como a troca de experiências e relatos. Ao final foram estabelecidas parcerias no âmbito dos respectivos órgãos.
7º Seminário Nacional de Ouvidores e Ouvidorias
A Ouvidoria da Anvisa participou nos dias 24, 25 e 26 de Agosto, em Curitiba/PR do 7º Seminário Nacional de Ouvidores e Ouvidorias – Uma análise dos modelos e práticas de gestão. O evento, promovido pelo Instituto Brasileiro Pró Cidadania, teve como objetivos discutir, disseminar e compartilhar experiências da atividade de Ouvidoria como instrumento das instituições e empresas para uma maior interação com a sociedade.
Participaram do evento Ouvidores, Gestores Públicos e Privados, Magistrados, Parlamentares, Membros do Ministério Público, Procuradores, Lideranças Classistas, Integrantes de Organizações do Terceiro Setor, Acadêmicos e demais interessados na temática.
A atividade que iniciou o Seminário foi a Conferência sobre “A Ouvidoria Contemporânea: Uma análise do processo de evolução, estruturação e consolidação da Ouvidoria Moderna” e teve como palestrante Manoel Eduardo Alves Camargo e Gomes, Doutor em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 1º Ouvidor Público do Brasil.
Maurício Cruz, Secretário Executivo de Desenvolvimento do Modelo de Gestão da Secretaria de Planejamento do Estado de Pernambuco, ministrou palestra “O que ele espera de nós? Uma análise da importância e atuação da Ouvidoria na Perspectiva do Gestor”, o qual enfatizou em sua fala o papel da Ouvidoria nos Modelos de Gestão.
O segundo e terceiro dia foram marcados pela apresentação de casos de sucesso com relatos de experiências nas áreas de atuação de Ouvidoria no Brasil e pela realização do painel, “A Regulamentação da Atividade do Ouvidor no Brasil: Uma análise e proposições sobre o Projeto de Lei 342/07”.
A realização desse Seminário constituiu um espaço importante para todos aqueles que atuam na área de ouvidoria, seja pública ou privada. Através da troca de experiências, relatos e debates foi possível ampliar a visão desse instrumento de gestão e de participação com a sociedade e bem como aperfeiçoar e fortalecer esse canal como mais um meio de participação da cidadão.
Ouvidoria da Anvisa recebe Ouvidor do Porto de Santos
A Ouvidoria da Anvisa recebeu no dia 24 de agosto, o Dr. Osvaldo Freitas Vale Barbosa, ouvidor do Porto de Santos. A reunião teve como objetivo firmar parceria, no sentido de otimizar os protocolos de orientação aos usuários, facilitando assim seu acesso, a fim de potencializar a sua participação.
O sódio é a nova gordura trans
Foi-se o tempo em que buscávamos no rótulo dos alimentos apenas as calorias. Hoje, é preciso prestar atenção numa série de elementos antes de se consumir um produto industrializado - e pensar na saúde tanto quanto no paladar ou na silhueta. Primeiro foi a vez da gordura trans, apontada pelos especialistas como a principal responsável pelos altos índices de colesterol ruim e, conseqüentemente, pelo aumento do risco de infarto (a gordura entope as artérias). Poucos anos depois das primeiras campanhas e com a conscientização da população - e da indústria alimentícia -, esse tipo de gordura foi praticamente eliminada dos produtos c sua ausência aparece com destaque nas embalagens. Agora, o "grande vilão" é o sódio, encontrado em praticamente todo tipo de alimento (e até bebida) industrializado, da sopa de pacote até a Coca Zero. E chegou a hora de os médicos voltarem as forças contra seu excesso e alertarem para os perigos que ele representa.
"A primeira advertência é para o risco de hipertensão, que, por sua vez, pode desencadear complicações mais graves, como derrame se infartos", afirma a nefrologista Frida Plavnik, da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Segundo ela, um erro comum é o de se achar que quem tem pressão normal ou baixa está livre de ameaça. "Essas pessoas estão menos suscetíveis, mas não são imunes. Podem ter a pressão normal a vida toda e, de re-pente, subir, principalmente após os 40 anos. Além disso, o excesso de sódio no sangue eleva as chances de se desenvolver doenças que independem da pressão arterial,como cálculo renal, câncer no estômago e até mau funcionamento da tireoide",diz ela.
Saleiro fora da mesa
É preciso, entretanto, esclarecer uma série de dúvidas sobre o sódio, começando pela mais básica delas: qual é a diferença entre esse ingrediente e o sal de cozinha? São a mesma coisa? "O sal de cozinha é cloreto de sódio, uma das formas do sódio, um elemento de origem mineral", diz o cardiologista Luiz Aparecido Bortolotto, do Hospital Oswaldo Cruz. "O sódio [elemento] é um dos principais e melhores conservantes, por isso está presente em tudo o que é industrializado. Mas exagera-se e é esse o alerta que estamos fazendo. A população deve cobrar mudanças como aconteceu com a gordura trans", diz. O médico cita como exemplo uma comparação que fez entre duas marcas de salsicha que tinham na embalagem o mesmo tempo de duração, mas uma continha três vezes mais sódio na fórmula do que a outra. "Se a data de fabricação e de validade de ambas é a mesma, prova que é possível conservar aquele alimento com uma quantidade menor de sódio. Mas, como até agora não se prestava atenção nisso, ninguém se deu ao trabalho de testar a quantidade mínima que poderia ser usada sem comprometer a duração da comida nem a saúde de quem a ingere", afirma.
Outra dúvida ainda comum é em relação à quantidade de sódio que se pode ingerir e para que ele é importante. "O sódio é essencial para o funcionamento de diversas funções vitais do organismo, como a condução dos impulsos nervosos, a contração muscular e a regulação plasmática [água no sangue] e sua deficiência pode trazer problemas como fraqueza, letargia e até convulsões", diz a endocrinologista Luciana Ferreira Cavalcante. Assim como o excesso pode causar retenção de líquidos além de problemas de saúde - como o terrível inchaço.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é para o consumo diário de, no máximo, 5 gramas de sal por dia (ou duas colheres de café), o equivalente a mais ou menos 2,4 gramas de sódio - de acordo com a Anvisa, no Brasil, consome-se, em média, 12 g de sal por dia. "E o sódio não aparece só na forma de conservante, ele está também em alimentos dietéticos, já que são adoçados com ciclamato de sódio em substituição ao açúcar", diz Luiz Bortolotto. Por isso, de nada adianta escolher o menos calórico e mais rico em sódio. É trocar um vilão por outro. "Minha dica, além de ficar de olho nas embalagens dos produtos prontos, é nunca levar o saleiro à mesa. A tendência é sempre querermos colocar um pouquinho mais", diz Luciana. Ela recomen- da o uso de ervas e temperos naturais, como alho, cebola e pimentas para dar mais sabor à comida feita em casa.
Olho no rótulo
Valor de sódio em MG por 100 g de alimento. Recomendação diária: 2,4 g
TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS-TACO (2a EDIÇÃO)-UNICAMP
Fonte: Revista Marie Claire - Edição 246 - Setembro de 2011