Eliana
Pinto, diretora do Departamento de Ouvidoria-Geral do Sistema Único de Saúde
(DOGES/SEGEP/MS).
Mais de 80%
das ouvidoras no Brasil são mulheres. Esse número pode estar ligado a uma
escuta atenciosa e qualificada, característica que a ouvidora-geral do
Departamento de Gestão Hospitalar (DGH/SAS/MS), Rosália Amendoeira, atribui a
elas. “Culturalmente, nós estamos associadas ao cuidado e acolhimento, que são
características fundamentais para as atividades de ouvidoria”.
Para a
diretora do Departamento de Ouvidoria-Geral do Sistema Único de Saúde
(DOGES/SEGEP/MS) Eliana Pinto, os perfis essenciais da atividade que vão ao
encontro do perfil de muitas mulheres são a coragem, altivez e sensibilidade
numa situação que busca a mediação e equilíbrio.
É possível
pensar também a mulher na analogia que Eliana faz da atividade de ouvidoria:
“Vejo a ouvidoria como uma folha. Ela colhe o gás carbônico e libera oxigênio,
fundamental para a existência da vida. A folha se faz essencial, porém frágil”.
Rosália Amendoeira, ouvidora-geral do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH/SAS/MS).
Em parceria
com a Eliana Pinto, a publicitária de formação e ouvidora por convicção Rosália
foi uma das mulheres que se aventuraram para implantar ouvidorias no país e na
área da saúde. Rosália começou a trabalhar no Sistema Único de Saúde por meio
do Hospital Federal dos Servidores do Estado desde 2002.
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Em 2004,
convidada pelo diretor-geral do INCA da época, José Gomes Temporão, criou a
ouvidoria do Instituto Nacional de Câncer. Para Rosália o trabalho da ouvidoria
na área da saúde tem a seguinte lógica:“Quem está doente tem pressa”. Com essa
frase a ouvidora exemplifica a necessidade do sentimento de acolhimento que os
ouvidores precisam ter ao se deparar com pacientes que sentem dor, estão
estressados e querem resolver com rapidez seus problemas.
Rosália e as
ações da Ouvidoria no Relatório Anual de Atividades – 2004.
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As Ouvidorias no Brasil
As ouvidorias do Brasil foram criadas no período em que o país passava por um
processo de redemocratização com o fim da ditadura. De acordo com a diretora da
ouvidoria do SUS, Eliana Pinto, os primeiros serviços que deram origem à
atividade surgiram em 1986. “O país saindo da ditadura precisava e procurava
fortalecer o cidadão como gestor e receptor principal do serviço público
brasileiro”.
A partir de
2003, o Governo considerou a necessidade de inserir o cidadão nas decisões da
gestão pública implantando unidades de ouvidorias no país. Em 2011, havia mais
de 150 ouvidorias federais. Atualmente, o Brasil conta com 1600 unidades no
âmbito municipal, estadual e federal. Os seis hospitais federais no Rio de
Janeiro possuem ouvidorias, que estão vinculadas à ouvidoria-geral do
Departamento de Gestão Hospitalar (DGH/SAS/MS).
O Dia do
Ouvidor
A ouvidoria
é um canal confiável de mediação entre a gestão e a sociedade. Ela se
compromete a fortalecer o indivíduo perante seus direitos e deveres; aprimorar
a participação social e a conscientização da cidadania; favorecer uma maior
transparência da gestão pública e contribuir para uma melhor qualidade dos
serviços oferecidos à população. O dia do ouvidor é celebrado no dia 16 de
março.
O diretor do DGH, Paulo Henrique de Melo com as ouvidoras Eliana e Rosália.
Texto:
Roberto Abib / Imagens: Cláudia Chagas e Fabíola Loureiro
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