segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Semana Nacional da Consciência Negra - Marcha das Mulheres Negras 2015












20 de novembro, comemoração do dia da Consciência Negra, aqueles que falam dessa data muitas vezes se recordam de Zumbi dos Palmares, que é o grande ícone da luta contra o racismo por sua resistência contra a escravidão. Mesmo na escola, muitos ouvimos falar de Zumbi e aprendemos que ele foi líder do Quilombo de Palmares, onde negras e negros que fugiam da escravidão podiam encontrar refúgio e organização política. No entanto, pouquíssimos sabem de quem se tratava Dandara dos Palmares, uma figura tão importante quanto Zumbi pois se trata da esposa de Zumbi e como ele, também lutou com armas pela libertação total das negras e negros no Brasil; liderava mulheres e homens, também tinha objetivos que iam às raízes do problema e, sobretudo, não se encaixava nos padrões de gênero que ainda hoje são impostos às mulheres. E é precisamente pela marca do machismo que Dandara não é reconhecida ou sequer estudada nas escolas. Lamentavelmente, nem mesmo os movimentos negro e feminista mencionam Dandara com a frequência que deveriam. De um lado, o machismo, que embora conte com o trabalho árduo das mulheres negras, não lhes oferece posição de destaque e voz de decisão. Do outro, o racismo, que só tem memória para mulheres brancas. (Por Jarid Arraes novembro 7, 2014 no Portal Forum).

No dia 18 de novembro de 2015 a força ideológica de Dandara se fez presente em uma marcha que reuniu mais e dez mil mulheres negras em uma mobilização para defender direitos constitucionais, mas que ainda carecem da compreensão e praticas positivas pelo povo brasileiro, que tanto deve as filhas e filhos e da África que com sangue e suor contribuíram e contribuem para a grandeza de nosso país.

Manifestações de uma cultura forte que apesar da opressão e perseguição de seus símbolos e elementos, resistiu a ponto de influenciar profundamente a cultura brasileira no vestuário, religião, gastronomia e com uma musicalidade alegre que reflete o colorido da percepção de mundo que é característica das mulheres negras e que nos contaminam por sua alegria.

O balanço foi positivo e teve grande aceitação pela esplanada, apesar do triste episódio de agressões imputado por manifestantes que defendem a intervenção militar e contra o atual governo, que estavam acampados no gramado do Congresso Nacional, e jogavam bombas e efetuaram disparos com arma de fogo, colocando em risco a integridade física das mulheres que ali passavam, provocando tumultos na tentativa de macular a manifestação pacifica da marcha que simboliza a resistência contra tal intolerância e desrespeitos sofridos pelas negras e negros em todo o país.





















Texto: José Antonio.
Fotos: Daniel Araújo - Repórter Fotográfico.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Fórum discute ouvidoria e atenção ao paciente nos hospitais públicos de Brasília.


No auditório do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), aconteceu esta semana o '1° Fórum Distrital de Saúde: A Ouvidoria como Instrumento de Transformação da Atenção à Saúde', que reuniu cerca de 40 participantes entre representantes de hospitais públicos e privados, ouvidores, gestores e usuários do Hospital.

Dois temas centrais nortearam os painéis do evento organizado pelo HUB-UnB, juntamente com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF): a humanização dos servidores, serviços hospitalares e Ouvidorias, e a importância da transparência nas ações.

A mesa de abertura foi composta pelos expositores Hervaldo Carvalho, Superintendente HUB-UnB; Eliene Berg, secretária adjunta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal; Josué Ribeiro, Ouvidor-Geral da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); Marconi Moura, representante do Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS do Ministério da Saúde (DOGES/MS); e Denize Bomfim, ouvidora-geral da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Em sua fala de abertura, Hervaldo Carvalho destacou a transparência na gestão aliada ao processo de melhoria e de estruturação nos serviços do SUS. Além disso, defendeu uma nova concepção: o sistema de saúde centrado no indivíduo. “Saímos, ao longo dos séculos, do atendimento em casa, centrado no indivíduo, para os hospitais. Agora, estamos voltando a esse antigo paradigma, que permite ao indivíduo obter as informações necessárias para aderir ao tratamento de forma adequada onde quer que esteja. Quando a pessoa está no hospital é paciente e em casa, é indivíduo”, explicou.

Segundo o ouvidor-geral da Ebserh, Josué Ribeiro, 49 hospitais universitários federais do país têm ouvidorias. Ele ressaltou a importância do acolhimento nos hospitais públicos e do feedback do cidadão como elemento fundamental para a melhoria dos serviço. “somos responsáveis pelo bem estar do paciente”, frisou.

A secretária adjunta da SES-DF, Eliane Berg, reforçou a importância da escuta, seguida da devolutiva para o usuário e o aprimoramento da qualidade dos serviços. “A atenção é o esperado pelo usuário em relação ao Ouvidor, salientou.

Marconi Moura, representante da Ouvidoria-Geral do SUS, falou sobre o papel dialógico das ouvidorias. “A Ouvidoria pública é uma ferramenta da democracia participativa, porque promove a interface entre os atores que constituem o Sistema Único de Saúde”, afirmou.

O Distrito Federal tem hoje 19 ouvidorias nas regionais de saúde da secretaria. Para a Ouvidora-Geral da SES-DF, Denize Bomfim, a Ouvidoria é um desafio. “Estar ouvidora é um processo de aprendizagem de ouvir pessoas que não estão satisfeitas com os serviços de saúde”, concluiu. De acordo com ela, o Governo de Brasília tem usado estratégias como a realização de visitas pessoais a hospitais, reuniões, capacitações e o desenvolvimento de relatórios de gestão.

Ao final do evento, foi lançada a Carta Digital de Serviços ao Cidadão do HUB, que contém as informações sobre o funcionamento e formas de acesso aos serviços daquele hospital.







Por Nelyce Palankof.


Fotos: Daniel Araújo - Repórter Fotográfico.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Marcha das Mulheres Negras 2015

Prezados(as) Senhores(as),

A nossa luta hoje é pelo fortalecimento da democracia, esse sentimento que nos faz dialogar e não violentar, buscar informações e não abraçar o preconceito, ou seja, o que sustenta nosso modo de vida brasileira pacífica. 

A democracia participativa também exige de nós todos lutar contra o preconceito racial que se manifesta em várias instâncias e frentes como, a exemplo, lutar “pela garantia de atendimento e acesso à saúde de qualidade às mulheres negras e pela penalização de discriminação racial e sexual nos atendimentos dos serviços públicos”.

Por isso, convidamos a todos (as) para participar:
















A saída da marcha será a partir das 9hs no dia 18/11, nas imediações do Ginásio Nilson Nelson ao lado do Estádio Nacional Mané Garrincha se dirigindo à Esplanada dos Ministérios.
Nos encontraremos na altura da Catedral.

 Fonte: Departamento de Ouvidoria Geral do SUS/DOGES

terça-feira, 10 de novembro de 2015

9ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartites 2005.

               














































Na 9ª reunião da Comissão Intergestores Tripartite o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em sua primeira participação no fórum, afirmou que irá fazer uma gestão transparente e democrática com a participação de estados e municípios, agregando as experiências positivas para melhorar o nível de saúde da população brasileira.

O ministro também falou sobre o período difícil que a saúde pública brasileira atravessa devido à falta de recursos. "Vamos passar grande restrição de recursos, por isso compete a todos nós ter um plano de maior racionalidade, maior controle e economia, e mais eficiência na gestão, mas paralelamente a isso temos que lutar por mais recursos porque só a gestão não vai salvar o SUS".

A reunião contou também com a participação dos deputados federais Vanderlei Macris (PSDB/SP), e Carmem Zanotto (PPS/SC), que entregaram ao presidente do CONASS, João Gabbardo dos Reis e ao presidente do Conasems, Mauro Junqueira, o relatório final da Comissão Especial destinada a proferir parecer sobre a PEC n. 01/15.

Os parlamentares informaram que já conseguiram a assinatura de todos os líderes partidários para colocar em pauta a votação da PEC, que altera o art. 198 da Constituição Federal, para dispor sobre o valor mínimo a ser aplicado anualmente pela União em ações e serviços de saúde.

Ao longo da reunião o secretario de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Heider Aurélio Pinto, apresentou dados do Programa Mais Médicos e a presidente do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza fez um balanço das etapas municipais e estaduais da 15ª Conferência Nacional de Saúde.

Além disso, os gestores também pactuaram a Portaria que institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), como um dos componentes do Plano Nacional de Formação de Preceptores para os Programas de Residência na modalidade Medicina Geral de Família e Comunidade, o incentivo para valorização da preceptoria em programa residência de medicina geral de família e comunidade (RMGFC).

Texto: Fonte Conass.
Foto: Daniel Araújo - Repórter Fotográfico.