O departamento de Ouvidoria Geral do SUS (Doges) da
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde
(SGEP/MS) participou entre os dias 10 e 12 de maio de 2016, da 4ª Conferência
Nacional de Políticas para as Mulheres (CNPM).
Com o tema “Mais direitos, Participação e Poder para as
Mulheres”, as representantes dos 26 Estados e do Distrito Federal discutiram as estratégias de fortalecimento das políticas para as
mulheres e a democratização da participação das mulheres nas diversas esferas
institucionais e federativas.
Assim, como nos processos de controle das políticas
públicas e nas suas múltiplas formas de organização e de manifestação, implica
que todas as mulheres podem exercer o poder de participar ao partilhar
conhecimentos, competências e informações, em relação à melhoria das práticas
de gestão e de representação, com vistas a que os municípios e todas as
Unidades da Federação consigam cumprir com sua missão constitucional de
propiciar condições de autonomia e de qualidade de vida as mulheres por meio
das políticas públicas.
Participaram também da 4ª Conferência representantes que foram delegadas nas consultas nacionais que tradicionalmente encontravam maior dificuldade de acesso e expressão nos processos convencionais de participação social, garantindo assim, visibilidade e voz aos vários segmentos, grupos e etnias: mulheres transexuais, ciganas, mulheres com deficiência, indígenas, quilombolas e de religião de matriz africana.
Para Eliana Pinto, ouvidora geral do SUS esta rede de
articulação social que envolve os movimentos sociais, entidades não
governamentais e órgãos públicos, oferece à sociedade brasileira a
possibilidade do debate rumo à efetivação de um sistema nacional de proteção
aos direitos. “A realização desta Conferência representa, portanto, a
pluralidade típica da cultura brasileira, refletida nos diversos segmentos
sociais que convergem na defesa de mais direitos no mundo do trabalho, no
enfrentamento à violência e participação nos espaços políticos”, destacou.
Já a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos afirmou na Abertura da Conferência que a força e a luta das mulheres, nos mais diversos movimentos e organizações por todo o País, são fundamentais para impulsionar, de forma definitiva, a construção de um Brasil mais justo, desenvolvido, participativo e de igualdade entre homens e mulheres.
Um pouco da história
Já a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos afirmou na Abertura da Conferência que a força e a luta das mulheres, nos mais diversos movimentos e organizações por todo o País, são fundamentais para impulsionar, de forma definitiva, a construção de um Brasil mais justo, desenvolvido, participativo e de igualdade entre homens e mulheres.
Um pouco da história
A prática de realização de conferências nacionais foi
instituída como estratégia política a partir de 1988, com a Carta
Constitucional. O governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, a partir de
2003, legitimou a realização de conferências tornando-as amplas, abrangentes e
inclusivas, como parte do exercício político da democracia participativa. Estas
passaram a contemplar diversos segmentos sociais e temas, áreas e questões
postas por diferentes demandas da população. Portanto, apesar de não serem
práticas novas, as conferências nacionais são certamente inovadoras, no sentido
de possibilitarem a participação da população em escala nacional, onde elencam
reivindicações e propõem estratégias de ação para a elaboração de políticas
públicas junto aos governos.
Nesse novo contexto
do Estado Democrático Brasileiro foi que se iniciou o processo de conferências
nacionais de políticas para as mulheres. Em 2002, organizações do movimento
feminista brasileiro realizaram a sua Conferência Nacional de Mulheres
Brasileiras. Em 2004 a Presidência da República e a Secretaria de Políticas
para as Mulheres (à época Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres)
convocam a 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Desta forma,
o fortalecimento de políticas voltadas às mulheres vem ocorrendo concomitantemente
com o que foi preceituado pela Constituição de 1988, que gerou a
descentralização político-administrativa das políticas públicas para as esferas
estaduais e municipais.
Por Chica Picanço
Por Chica Picanço
Fotos: Daniel Araújo
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