No auditório do Hospital Universitário de
Brasília (HUB-UnB), aconteceu esta semana o '1° Fórum Distrital de Saúde: A
Ouvidoria como Instrumento de Transformação da Atenção à Saúde', que reuniu
cerca de 40 participantes entre representantes de hospitais públicos e privados,
ouvidores, gestores e usuários do Hospital.
Dois temas centrais nortearam os painéis
do evento organizado pelo HUB-UnB, juntamente com a Secretaria de Saúde do
Distrito Federal (SES-DF): a humanização dos servidores, serviços hospitalares
e Ouvidorias, e a importância da transparência nas ações.
A mesa de abertura foi composta pelos
expositores Hervaldo Carvalho, Superintendente HUB-UnB; Eliene Berg, secretária
adjunta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal; Josué Ribeiro,
Ouvidor-Geral da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); Marconi
Moura, representante do Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS do Ministério da
Saúde (DOGES/MS); e Denize Bomfim, ouvidora-geral da Secretaria de Saúde do
Distrito Federal.
Em sua fala de abertura, Hervaldo
Carvalho destacou a transparência na gestão aliada ao processo de melhoria e de
estruturação nos serviços do SUS. Além disso, defendeu uma nova concepção: o
sistema de saúde centrado no indivíduo. “Saímos, ao longo dos séculos, do
atendimento em casa, centrado no indivíduo, para os hospitais. Agora, estamos
voltando a esse antigo paradigma, que permite ao indivíduo obter as informações
necessárias para aderir ao tratamento de forma adequada onde quer que esteja.
Quando a pessoa está no hospital é paciente e em casa, é indivíduo”, explicou.
Segundo o ouvidor-geral da Ebserh, Josué
Ribeiro, 49 hospitais universitários federais do país têm ouvidorias. Ele
ressaltou a importância do acolhimento nos hospitais públicos e do feedback do
cidadão como elemento fundamental para a melhoria dos serviço. “somos
responsáveis pelo bem estar do paciente”, frisou.
A secretária adjunta da SES-DF, Eliane
Berg, reforçou a importância da escuta, seguida da devolutiva para o usuário e
o aprimoramento da qualidade dos serviços. “A atenção é o esperado pelo usuário
em relação ao Ouvidor, salientou.
Marconi Moura, representante da
Ouvidoria-Geral do SUS, falou sobre o papel dialógico das ouvidorias. “A
Ouvidoria pública é uma ferramenta da democracia participativa, porque promove
a interface entre os atores que constituem o Sistema Único de Saúde”, afirmou.
O Distrito Federal tem hoje 19 ouvidorias
nas regionais de saúde da secretaria. Para a Ouvidora-Geral da SES-DF, Denize
Bomfim, a Ouvidoria é um desafio. “Estar ouvidora é um processo de aprendizagem
de ouvir pessoas que não estão satisfeitas com os serviços de saúde”, concluiu.
De acordo com ela, o Governo de Brasília tem usado estratégias como a
realização de visitas pessoais a hospitais, reuniões, capacitações e o
desenvolvimento de relatórios de gestão.
Ao final do evento, foi lançada a Carta
Digital de Serviços ao Cidadão do HUB, que contém as informações sobre o
funcionamento e formas de acesso aos serviços daquele hospital.
Por Nelyce Palankof.
Fotos: Daniel Araújo - Repórter Fotográfico.
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